domingo, 21 de junho de 2009

A angústia da república

Para começar bem (e chato) esse blog, vou colocar um singelo monólogo.

Pessoas vem, vão embora, mal chegam e mal saiem, e no final só irá importar a experiência deixada e as memórias de cada acontecimento vivenciado pelas paredes da casa.
Quando a gente se depara com a questão, de que não é a pessoa que está indo embora, mas é você que está ficando, ai também nos deparamos com a resposta dessa questão. A pessoa vai mesmo, o mundo gira, as árvores florescem, é preciso ter continuidade na vida, errado somos nós que ficamos, parados e deitados num quarto (com uma put* ressaca) sem vivenciar nada, e não duvido nada que na cozinha uma hora dessas está aconteçendo algo, alguem ensinando e outro aprendendo, um falando sua história, relembrando o passado como um meio de não se distanciar daquilo que foi e outro escutando e lembrando também de suas histórias, que em suma são as mesmas.

E aonde fica a angústia nisso tudo?
Direto do Wikipédia: "A angústia é também uma emoção que precede algo (um acontecimento,uma ocasião, circunstância), também pode-se chegar a angústia através de lembranças traumáticas que dilaceraram ou fragmentaram o ego. Angústia quando a integridade psíquica está ameaçada, também costuma-se haver angústia em estados paranóicos onde a percepção é redobrada e em casos de ansiedade persecutória. A angústia exerce função crucial na simbolização de perigos reais (situação, circunstância) e imaginários (consequencias temidas)."

Quer lugar melhor para sentir a angústia do que numa república? Longe de casa e da família, amigos longe, cidade com mais de 6 milhões de habitantes e podemos contar na mão quantos amigos temos, um lugar aonde é necessário ter uma certa privação da sua personalidade, para que todos possam viver em paz, sem falar nos amores, como se pode começar um romance se não temos mais idéia de como será nossa vida no proximo dia? Talvez as coisa deem errado e precisamos voltar para a casa.

O que fragmenta o ego não é os traumas, mas o presente, a incapacidade de viver de um jeito que você sonhou quando era criança.

Felippe Frigo

2 comentários:

Lino Rosa disse...

Maumau chega, maumau sai...e ninguem sente falta...

Unknown disse...

kkkkkkkkkkkkkk.....senti falta dele um dia,apenas um dia,mas ai fui e assisti na discovery,um documentário sobre Gnus silvestres na invernada...passou a saudade!!!